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sábado, 26 de outubro de 2013

Quando o Rei Perde a Majestade

A primeira lição que Maquiavel nos ensina é que a maior fortuna de um príncipe são seus súditos e não a riqueza que este intenciona acumular. Uma vez esquecida esta prática, não há sorte que perdure por muito tempo. Assim tem sido e assim sempre será.

Depois de praticada toda sorte de maldades logo no início do reinado (aumento do ISS, do crescente número de cargos para os amigos da corte, do aumento dos salários para os que pouco irão trabalhar, e das doações de verbas reais para aqueles a quem se prometeu ajudar), não há de ser na hora de reconhecer os seus servos que o rei há de falhar.

Do rei, os súditos suportam tudo: a luxúria, a mentira e, até mesmo, a escravidão. Os súditos só não suportam a ingratidão. Acostumados com o suor do ganha-pão, não é preciso muito para satisfazer suas ambições, só não pode o príncipe nessa hora descuidar de dar a sua atenção.

Deste solo que eu amo, deste povo que eu piso, o que é que eu sou, o que é que eu sou? Sois Rei! Sois Rei!
Pouco importa quão rico seja ou não o reino, o que importa para os súditos é ver no príncipe exemplos de conduta e só nessa hora é aconselhável ao príncipe se valer da generosa humildade para que seus súditos tenham reconhecidos os seus esforços em fazer o reino permanecer sólido e seguro. Caso contrário, os súditos se rebelarão e o que era sagrado se profana com uma velocidade incrível, tão rápido que nem mesmo o mais poderoso dos exércitos será suficiente para interromper a sua queda.

Respeitada essa regra primária, seu reino poderá enfrentar guerras, moléstias ou privações e ainda assim o príncipe será amado por todos. Caso contrário, nem mesmo o mais forte entre seus aliados conseguirá disfarçar que, nu, o rei é como qualquer súdito e por mais aliado que seja, este poderá ver nesta hora a oportunidade de lhe tomar o lugar.

Como ainda não inventaram nenhum outro manual de marketing político mais moderno que O Príncipe, recomendo a qualquer governante que faça deste o seu livro de cabeceira. Caso contrário, o mais fraco dos “inimigos” – mesmo que armado de simples palavras em redes sociais – poderá abater o mais forte dos reis se este não souber que a soberba é como o fio do bigode, se deixarmos que cresça demais, ele nos fará tropeçar.

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