O Legado de Uma Festa

Tão certo quanto o Carnaval se trata de uma festa cristã que cultua a fogueira das vaidades, foi preocupação unilateral do atual governo dessa cidade em fazer do festejo dos 300 anos o principal produto da sua administração.

Não obstante, para seus defensores políticos, sagazes o suficiente para enganar o eleitor mais uma vez, os custos da festança bancada em parte pela Vale nunca será mostrado e revela o que já se sabia: a festa não se paga economicamente, mas rende mídia suficiente para que nossos políticos de plantão apareçam como realizadores da vontade popular.

Show do Skank no dia 28/09 - Que legado deixou para nossa cidade?

Assim, seguem gastando dinheiro público para que a classe política mostre seus dotes e se aproxime do povão, ainda que por meio indireto, não sem antes assegurarmos que shows como o do Skank e a tal de Semana Cultural não nos deixaram legado algum.

No séquito dos 300 anos, bobo mesmo continua sendo o povo, já que diante de tanto circo não percebe que ele é o palhaço nessa história. Mas quem mesmo se importa se foi gasto dinheiro público que falta para a compra de remédios ou para a limpeza urbana? Afinal, o piracicabense é mesmo um sujeito de festa, que perdoa os transgressores desde que possa da festa tirar o seu bocado, ainda que seja um pão com salsicha regado a refrigerante quente.

Na terra dos 300 anos, nada como uma cachaça de 42 graus para se aceitar a “realidade” sem distingui-la de uma grande “ilusão”.