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terça-feira, 11 de junho de 2013

Crônica do Dia dos Namorados

A tecnologia vem afetando os sentimentos humanos e hoje temos dúvidas se corações são capazes de amar sem subterfúgios, com lealdade e respeito.

No passado, as famílias, em comum acordo, escolhiam os pretendentes para os filhos o que era perfeitamente normal.

Casamentos garantidos, até porque as moças somente tinham como objetivo se casarem e não ficar para titia, "o grande medo" das moças casadoiras.

Mulheres mais arrojadas, lutaram corajosamente contra o preconceito, fizeram suas escolhas e não se deixaram influenciar, abrindo caminho para a liberdade feminina.

Chegou-se o tempo em que a família nem é avisada quando os jovens decidem suas vidas indo morar juntos ou na casa da namorada (o).

Por incrível que pareça ainda há os que procuram as "Amélias" para terem garantidas suas cuecas lavadas, casa arrumada e comidinha na mesa. A verdadeira mulher cama e mesa.

Mas hoje em dia é mais fácil o homem ter que ir para a cozinha se quiser se alimentar, lavar a roupa dela e dessa rotina muitas das vezes não consegue escapar.

Ah! Ia me esquecendo! O namoro em alta: - o puro investimento!

A mulher procura seu rico alvo, engravida e tem a vida garantida para todo o sempre, amém!

Ou então um senhor "gastoso", com pouco tempo pela frente! Tudo tão estranho! Não acham?

As pessoas se conhecem pela internet, fazem sexo sem se tocar ou então vão se encontrar e na mesma hora, um ao outro o corpo entregar! Sem sequer perguntar o nome para não se enroscar!

Hoje em dia só se fala em “ficar”. Adeus àquela moda antiga de pegar na mão, pedir pra namorar...
Mas o amor virtual pode dar certo, até casamento pode sair, um se manifesta ao outro sem nada conseguir e de tanto insistir se aproximar e na rede cair!

Fala sério! É tudo tão confuso!

"O namoro libertinagem" sem conhecimento mútuo, conhecimento da alma, do coração, vem ganhando "do romantismo" onde para se dar o primeiro beijo, doce beijo, havia uma preparação, um ritual compassado, corações apaixonados, enamorados, cheio de desejo, paixão, admiração.

Recadinho pra cá, recadinho pra lá, enviados através da melhor amiga (o) tentando a conquista. E no leva e traz o encontro.

A expectativa não era somente da pessoa, mas de todos que a cercavam.

Uma preparação antecipada, marcada no calendário para ser lembrada, não apenas um mero encontro. Olhos nos olhos e a ternura furtiva por tempo guardada.

Cair no esquecimento? Impossível! Sem saber o nome? Inconcebível!

Não tão longe o tempo passado! Por que pessoas se transformaram tanto?

Mas no dia dos namorados queria encontrar casais apaixonados à moda antiga, do tipo que ainda mandam flores, esperando no portão e de mãos dadas à luz de velas, o jantar, a música romântica pairando no ar, pétalas vermelhas espalhadas pelo quarto e o sublime amor, feito com amor, corpo e alma absolutos no momento esperado, programado. O presente, o perfume preferido e a entrega total de todos os sentidos.

As lojas vendem sonhos, fantasias, mas o amor verdadeiro e sublime é de graça, não está à venda em nenhum lugar.

Amem! Amem de verdade, não façam da vida um jogo de interesses! Até porque coisas se conquistam e o amor quanto acontece, é preciso cultivá-lo no dia a dia, na compreensão, no troca, troca, como se fosse uma flor que tratada com carinho se torna viçosa para sempre.

Texto Margot Carvalho

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