Óleo sobre tela do mestre Marinho Silva. O escravo Jeremias leva a imagem do Bom Jesus para seu senhor. |
O escravo Jeremias vivia em devaneio
Olhava aquele cavalo queria dar um passeioO seu “sinhô” viajou e ele bem sorrateiro
Foi montar no alazão
Ficou morrendo de medo do “sinhô” o castigar
Resolveu fugir e na mata se embrenhar
Entrou mata a dentro bem longe do povoado
Levando por companheiro um canivete e um machado
No meio daquela mata passou fome e frio
Sem água e sem comida nem mesmo havia um rio
Depois de muita angústia pensou em voltar
Teve uma boa ideia foi uma árvore cortar
Com aquela madeira fabricou uma cruz,
com ajuda do canivete esculpiu o Bom Jesus
O “Sinhô” não entendeu o que tinha acontecido
O jeremias voltando com o semblante sofrido
Jeremias apareceu bem na curva do caminho
Trazia em suas costas Bom Jesus de Matozinho
O escravo caminhava frágil como um passarinho
Chegou pro “Sinhô” e disse: aqui está meu padrinho
O “Sinhô” que era bom de joelhos com ele rezou
Logo naquele momento o Jeremias perdoou
Ele é sempre lembrado por aquele momento de luz
O escravo Jeremias e a imagem de Jesus
Esta imagem se encontra na Igreja de Bom Jesus em Rio Piracicaba/MG |
Esta imagem mais tarde foi aperfeiçoada por um escultor espanhol
E se encontra na Igreja de Bom Jesus em Rio Piracicaba/MGEste caso foi passado no ano de 1771
Poema escrito por Maria de Lourdes Toledo, filha desta terra
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