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segunda-feira, 20 de agosto de 2012

O Populismo

O populismo é a conjunção entre o desejo individual ou de um grupo ansioso pelo poder em “servir” as necessidades da grande massa.  O populista é aquele que leva a efeito os preceitos do populismo, utiliza uma linguagem simples, usa e abusa da propaganda pessoal.

A prática populista consiste em conceder ou restabelecer vantagens. O poder é altamente centralizado, a demagogia campeia sem rédeas, e a massa é manobrada, tal qual os sindicatos de trabalhadores. A relação com o povo é emocional, não racional e direta, exatamente para enfraquecer as instituições do Estado. 

O Populismo adora bordões, frases espirituosas para engambelar os incautos. O Brasil produziu vários populistas de renome: Getúlio Vargas (Brasil o País do Futuro), Leonel de Moura Brizola (cunhado não é parente),  Jânio Quadros (varre, varre, vassourinha) , Juscelino Kubitschek (50 anos em cinco),  e também alguns não conhecidos além das fronteiras de seus  municípios, mas que também fizeram uso de bordões:  (é na sola da bota é na palma da mão).

Os populistas são adoráveis em curto prazo, perigosos em médio prazo e desastrosos a longo prazo.
Não se pode esquecer do populismo evangélico (irmão vota em irmão). Ah! Os populistas são sempre “amigos da onça”, desculpa, “amigos do povo”. Os populistas são adoráveis em curto prazo, perigosos em médio prazo e desastrosos a longo prazo.

O populismo tem sido usado como estratégia da direita para colocar no cenário político aqueles que conhecem o “missal” de cor com os compromissos que deverão cumprir quando chegarem ao poder.

O Populismo virou uma forma de dominação de cima pra baixo feita por figuras pitorescas e caricatas que querem dar pão de menos e circo demais para o povo. O que gera crescimento econômico é investimento, que é justamente o que os Estados marcados pelo populismo menos fazem, até para terem recursos para o assistencialismo.

Dispõem os populistas de características pessoais que turvam a visão das pessoas: possuem boa oratória, empatia, carisma e um discurso insípido, inodoro e incolor, para não se comprometerem com nada, nem com ninguém, sua palavra de ordem é a ”mudança”. São pessoas recrutadas pela grande mídia estatal ou privada, para logo ali servi-la, com favorecimentos de toda ordem. 

A arenga do populismo de promessas é farta: acabar com a corrupção, acabar com a pobreza, asfaltar a poeira, construir mais escolas, mais hospitais, mais ambulatórios, mais casas “populistas”, mais lazer, diminuir cargos de confiança, resolver o problema do lixo, mais rótulas, punir os desonestos, enquadrar os ineptos, adornar as praças, consertar o chafariz, mais emprego, atrair empresas, traindo o povo, entregando patrimônio público de graça,  enfim, o populismo tudo faz para inviabilizar e impedir  a  emancipação do cidadão, concedendo-lhe apenas migalhas sociais.

Esteja atento, nenhum populista traz tatuado na testa “eu sou populista”. O populista pode ser o bom moço, de fala empolada, exagerado no perfume, usa roupa de marca que compra em “suáveis prestações”, ”um mauricinho” que busca convencer pela boa aparência; pode ser aquele que toma uma cachaça no boteco para fazer parecer que é um igual, só que enquanto o salário dele é de 7 dígitos o do outro é de 5; pode ser aquele que diz: “eu sou diferente, pois não sou politico”, este mente e nem vermelho fica; pode ser aquele que come papada para impressionar o anfitrião que dirá: “este é dos nosso”. Em suma, o populismo quer atrair e domesticar as massas e oferecê-las de bandeja à classe dominante. 

Poderíamos falar, também, como faz o populismo para manipular o esporte, o carnaval, as cavalgadas, formas de dominação derivadas, mas aí seria um tratado e não um post.

É justo dizer que há populistas de direita e populistas de esquerda, há os autoritários, há os democráticos, populistas éticos e populistas aproveitadores da boa fé do povo, enfim populismo é uma categoria complexa, que com certeza voltaremos a falar sobre ela.

Por ora, resta saber se nós os piracicabenses já amadurecemos o bastante para não caírmos na lábia ladina dos populistas, vendedores de caridade, fornecedores de óbolos. Embora, em Rio Piracicaba, até o populismo deve ser aperfeiçoado pois os ditos populistas são pouco hábeis, por vezes néscios.

Como diria minha avó: não se fazem mais populistas como antigamente.

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