Pois se o brasileiro cansar de ser preto e pobre basta estar carregando um frasco de desinfetante e outro de água sanitária para ser condenado a 5 anos de prisão. Nem falo aqui dos outros “pês” como prostitutas e petistas ou, no caso, torcedores da Portuguesa. Para estes, como sabemos, vale o peso da lei.
A justiça brasileira nunca foi cega e opera muito bem seus vários pesos e várias medidas. |
Mas para aqueles com lugar assegurado hereditária e eternamente na elite brasileira haverá sempre um jogador escalado irregularmente; um mandado de segurança na véspera de fugir para o exterior; um piloto de helicóptero que trabalha sozinho; um funcionário público corrupto sem que haja corruptor.
Às favas os escrúpulos de consciência, às favas a própria jurisprudência passada (ver o caso do próprio Fluminense em 2010). Nelson Rodrigues deve estar se revirando de vergonha no túmulo enquanto outros tricolores, calados, se fazem cúmplices de tamanha desfaçatez. Tudo perfeitamente legal na sua imensa imoralidade.
Passados quase 40 anos da Lei de Gerson, a elite brasileira deixou claro em 2013 que continua valendo o ditado de que para os amigos tudo, para os outros, a lei. A justiça brasileira nunca foi cega e opera muito bem seus vários pesos e várias medidas.
Proponho que a partir de agora a desigualdade operada pelo Judiciário passe a se chamar Lei Fluminense.
Créditos: Fernando Lara
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