CPI prá Que?

Realmente, às vezes é factível acreditar na frase da música da Rita Lee, na qual ela canta: “já dizia o General de Gaule… Este país não é sério…”. Basta olharmos para as inúmeras “peripécias” feitas não apenas pela nossa “oposição”, mas também pelo executivo, para se perceber o quão imaturos politicamente são nossos representantes.

E, se são nossos representantes, no fundo, no fundo, quem é imaturo?

Rio Piracicaba por vezes beira o absurdo. A noção que toda instituição convive com suas imperfeições e idiossincrasias aqui é elevada para a máxima potência. A CPI de Dr. Gentil e companhia materializam esta ideia.

Respeitável Público, vem aí a CPI das lonas

Como se sabe, a maior parte dos integrantes da Comissão, pertence de forma pouco ou nada ideológica à oposição do governo Gentil. Talvez por isso, insistam em tentar não resguardar sigilo sobre processos, não selecionar depoimentos, escalonar agendas e fazer o possível para descentralizar o alvo da investigação.

Após o desastre de Pedro Theodolino da Silva na prefeitura, as outrora chamadas “oposições” deixaram de apostar as fichas em um só concorrente.

Efetivamente, uma bomba política está sentada no colo do falastrão Presidente da Câmara Municipal, já que aquela casa em breve também será alvo de investigação por parte do Ministério Público, visto o escândalo das licitações maculosas e direcionadas.

Assim, o que poderia ser o golpe derradeiro focado na reeleição do atual prefeito, e na cúpula que o cerca (como expôs o Jornal O Cidadão), ambos adversários de Antônio Cota e seu legado, talvez se volte contra parte dos apoiadores do ex-prefeito.

Para evitar que isto ocorra, o mais prudente é congelar os efeitos midiáticos de uma investigação que, partindo de evidências de superfaturamento e conspiração para fins econômicos, implica em holofotes negativos para os detentores de mandato e cargos de confiança arrolados no imbróglio de Gentil e o caso das lonas.

Eis o absurdo. Não faz sentido abrir uma Comissão Parlamentar de Inquérito apenas para reproduzir aquilo já apurado pelo Ministério Público. Para piorar, os parlamentares querem abafar conteúdos já “vazados”.

Quem tem telhado de vidro, que não atire a primeira pedra.

Em Rio Piracicaba, a realidade da política supera qualquer obra de ficção...